segunda-feira, 29 de agosto de 2011

"Se no bebes vino, a que vino?" (provérbio chileno)

Este blog se propõe claro,a falar sobre vinhos.
O tema é amplo e pode ser dirigido a pessoas de todos os níveis sociais. O mito de que os
melhores vinhos são os mais caros,ou mesmo de que é necessário muito estudo para se entender
sobre vinhos é tão somente isso,um mito.

Você precisa do básico para aprender a dirigir e depois vai adquirindo experiência,com o vinho
é a mesma coisa,já que notamos diferenças de preferência de uma pessoa para outra.A preferência por determinados tipos de vinhos será uma experiência individual.

Neste site não queremos escrever apenas para enólogos conceituados e pessoas que conhecem extremamente bem sobre vinhos,queremos que você que quer conhecer um pouco,você que esta começando agora a aprecisar um bom vinho entre e se sinta em casa.

Para os especialistas traremos novidades e promoções incríveis,para os novatos um guia de como começar sua viagem pelo universo dos vinhos e para quem quer apenas beber,dicas e indicações.

São todos bem-vindos a nossa adega virtual! =D

sábado, 27 de agosto de 2011

O vinho na Mitologia

Dionísio Deus do Vinho; Embriagues; Fertilidade; Plantação; Alegria; Sensualidade;

Deus grego, Dionísio, que é o mesmo que  Baco, divindade romana, era filho de Zeus e da princesa tebana Semele, filha de Cadmo. Ele foi o único ser divino gerado por uma mortal. Ela foi seduzida por Zeus, que se disfarçou de homem. Hera, irmã e esposa do Deus de todos os deuses, possuída pelo ciúme, armou uma cilada para a mãe de Dionísio. Fazendo-se passar pela ama de leite da princesa, ela a convenceu a pedir uma prova a Zeus de quem ele realmente era, ou, segundo outra versão, requerer-lhe que se apresentasse diante dela com suas vestes mais brilhantes.

Zeus foi obrigado a cumprir a promessa feita à amada, mesmo consciente do que aconteceria, porque havia jurado pelo Estige, o rio da imortalidade, voto este que nem mesmo uma divindade poderia romper. Como ele esperava, Semele transformou-se em pó, pois não suportou seu brilho. Tudo que ele pode fazer foi salvar seu filho, retirando-o do ventre materno e gerando-o em sua própria coxa, até seu nascimento.

Após a concepção, a criança foi entregue à tia, que o educou com o auxílio das dríades, das horas e das ninfas. Algumas lendas também mencionam a possibilidade de Dionísio ser filho de Perséfone, a soberana dos Infernos. Ao crescer, o deus foi enlouquecido por Hera, inconformada com a traição de seu marido. Ele passou então a circular por todos os recantos do Planeta. Ao encontrar a deusa Cibele, na Frígia, ela lhe concedeu a cura e o formou dentro das cerimônias religiosas que ela cultivava.
Foi então que ele se tornou o deus do vinho e da vegetação, quando Sileno lhe transmitiu a arte de produzir o vinho, de semear a vinha, cortar os galhos e colher as uvas. Desta forma, ele assumiu o papel de revelar aos mortais os segredos do cultivo da videira. Assim, é sempre concebido como um jovem sem barba, alegre, embriagado pelo vinho que transborda do copo que ele segura, loiro, com os cabelos se derramando pelos ombros, nas mãos um cacho de uvas ou uma taça, na outra uma pequena lança adornada com folhas e fitas. Seu corpo é geralmente coberto por um tecido de pele leonina, pois nos mitos romanos ele se transforma em Baco, que se metamorfoseia em um leão, com a missão de derrotar e se alimentar dos gigantes que tentavam atingir o céu.

Também é possível encontrar a imagem de Dionísio assentado sobre uma vasilha, com um copo na mão, o qual verte vinho embriagante, o que justifica seu andar vacilante. Os gregos ofereciam a ele bodes, coelhos e pássaros corvídeos. Este deus era também considerado um guerreiro, sempre vencendo os adversários, principalmente se livrando das armadilhas de sua rival maior, Hera.
Sua fama como deus do vinho e do prazer rendeu-lhe vários festivais teatrais em sua honra. Ele é sempre conectado também com atividades prazerosas, como o erotismo e as orgias. Segundo as lendas, ele era muito simpático com quem lhe rendia culto, mas podia proporcionar loucura e ruína para os que menosprezavam os festins devassos a ele ofertados, conhecidos como bacanais. Consta igualmente que ele sempre se recolhia na morte durante o inverno e voltava a nascer na primavera.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

De onde veio o vinho?

Não se pode apontar precisamente o local a época em que o vinho foi feito pela primeira vez, do mesmo modo que não sabemos quem foi o inventor da roda. Uma pedra que rola é um tipo de roda; um cacho de uvas caído, potencialmente, torna-se, um tipo de vinho. O vinho não teve que esperar para ser inventado: ele estava lá, onde quer que uvas fossem colhidas e armazenadas em um recipiente que pudesse reter seu suco.

 Há 2 milhões de anos já coexistiam as uvas e o homem que as podia colher. Seria, portanto, estranho se o acidente do vinho nunca tivesse acontecido ao homem nômade primitivo. Antes da última Era Glacial houve sêres humanos cujas mentes estavam longe de ser primitivas como os povos Cro-Magnon que pintaram obras primas nas cavernas de Lascaux, na França, onde os vinhedos ainda crescem selvagem. Esses fatos fazem supor que, mesmo não existindo evidências claras, esses povos conheceram o vinho.

 Os arqueologistas aceitam acúmulo de sementes de uva como evidência (pelo menos de probabilidade) de elaboração de vinhos. Escavações em Catal Hüyük (talvez a primeira das cidades da humanidade) na Turquia, em Damasco na Síria, Byblos no Líbano e na Jordânia revelaram sementes de uvas da Idade da Pedra (Período Neolítico B), cerca de 8000 a.C. As mais antigas sementes de uvas cultivadas foram descobertas na Georgia (Rússia) e datam de 7000 - 5000 a.C. (datadas por marcação de carbono). Certas características da forma são peculiares a uvas cultivadas e as sementes descobertas são do tipo de transição entre a selvagem e a cultivada.

 A videira para vinificação pertence a espécie Vitis vinifera e suas parentes são a Vitis rupestris, a Vitis riparia e a Vitis aestivalis, mas nenhuma delas possue a mesma capacidade de acumular açúcar na proporção de 1/3 do seu volume, nem os elementos necessários para a confecção do vinho. A videira selvagem possue flores machos e fêmeas, mas raramente ambas na mesma planta. A minoria das plantas são hermafroditas e podem gerar uvas, mas quase a metade do número produzido pelas fêmeas. Os primeiros povos a cultivar a videira teriam selecionado as plantas hermafroditas para o cultivo. A forma selvagem pertence a subespécie sylvestris e a cultivada à subespécie sativa.



As sementes encontradas na Georgia foram classificadas como Vitis vinifera variedade sativa, o que serve de base para o argumento de que as uvas eram cultivadas e o vinho presumívelmente elaborado. A idade dessas coincide com a passagem das culturas avançadas da Europa e do Oriente Próximo de uma vida nômade para uma vida sedentária, começando a cultivar tanto quanto caçavam. Nesse período começam também a surgir, além da pedra, utensílios de cobre e as primeiras cerâmicas nas margens do Mar Cáspio.

O kwervri (um jarro de argila), existente no museu de Tbilisi, na Georgia, datado de 50000 - 6000 a.C, é outra evidência desse período. No mesmo museu existem pequenos segmentos e galhos de videiras, datadas de 3000 a.C., e que parecem ter sido parte dos adornos de sepultamento, talvez com significado místico de serem transportadas para o mundo da morte onde poderia ser plantada e dar novamente prazer.


 Além das regiões ao norte dos Caucásos (Georgia e Armenia), a videira também era nativa na maioria das regiões mais ao sul, existindo na Anatólia (Tur-quia), na Pérsia (Irã) e no sul da Mesopotâmia (Iraque), nas montanhas de Zagros, entre o Mar Cáspio e o Golfo Pérsico. É possível que as videiras da região dos Cáucasos, tenham sido levadas pelos fenícios da região onde hoje é o Líbano para toda a Europa e seriam as ancestrais de várias das atuais uvas brancas. Recentemente, foi encontrada no Irã (Pérsia), uma ânfora de 3.500 anos de contendo no seu interior uma mancha residual de vinho.

É provável que o Egito recebia suas videiras, pelo rio Nilo, de Canaã (Líbano, Israel, Jordânia e parte da Síria) ou da Assíria (Parte do Iraque e da Arábia Saudita) ou, ainda da região montanhosa da Núbia ou da costa norte da África.

 Há inúmeras lendas sobre onde teria começado a produção de vinhos e a primeira delas está no Velho Testamento. O capítulo 9 do Gênesis diz que Noé, após ter desembarcado os animais, plantou um vinhedo do qual fez vinho, bebeu e se embriagou. Entre outros aspectos interessantes sobre a história de Noé, está o Monte Ararat, onde a Arca ancorou durante o dilúvio. Essa montanha de 5.166 metros de altura é o ápice dos Cáucasos e fica entre a Armênia e a Turquia. Entre as muitas expedições que subiram o monte a procura dos restos da Arca, apenas uma, em 1951, encontrou uma peça de madeira.

 (Fonte: Wikipédia)