sábado, 8 de outubro de 2011

Sabrage

A Sabrage é um método de se abrir o Espumante com a ajuda de um Sabre.
Sabre é aquela meia espada usada por Napoleão Bonaparte.

O Sabre conquistou a Europa num tempo em que os cavaleiros duelavam pela honra de sua dama, ou pela sua própria.
 Com a evolução, o Sabre sofreu diversas modificações. Hoje, ele é feito artesanalmente, não possuindo fio de corte. Seu uso é única e exclusivamente para expulsar a rolha e o início do gargalo de um Espumante e/ou Champagne. Também pode ser usado como um belíssimo elemento decorativo.

Reza a lenda, que Napoleão, grande apreciador de Champagne, ao ser presenteado com algumas garrafas, por Madame Clicquot (a Viúva Cliqcuot), e ainda montado em seu lendário cavalo branco (na verdade uma égua, de nome Marengo), não tinha como segurar a taça, a garrafa e ainda abrí-la.

“Na vitória é merecido, na derrota necessário”( Napoleão Bonaparte, acerca do Champagne)

A solução teria sido jogar a taça ao chão, sacar seu sabre de guerra com uma mão, enquanto com a outra a garrafa era segura, e num golpe rápido e seco, extirpar a parte de cima da mesma, fazendo verter o precioso líquido.
Verdade ou não, a técnica varou os anos e ainda hoje é utilizada em datas festivas.


A Sabragem, do francês sabrage, é o ato de abrir uma garrafa de vinho espumante utilizando-se de um sabre, para degolar a parte superior da mesma.
Com efeito, a técnica da sabragem não é muito recomendada, nem bem vista pelos apreciadores de espumantes em geral. Ao decepar a garrafa, a pressão interna, elevada, faz o vinho ser expelido violentamente, e com ele parte do gás que é a alma da bebida.

Assim como não se  ”estoura” a rolha, por perda efetiva de gás, pelo mesmo motivo não se pratica a sabragem. Entretanto, em momentos festivos, a brincadeira é aceitável por pura diversão. Ocorre que todo cuidado é pouco.
Além do risco, óbvio, de corte na ponta da garrafa partida, o próprio ato de sabragem é arriscado, pois o vinho está a cerca de 5 atmosferas dentro da garrafa, e em fração de segundos as mesmas se perdem. O risco de quebra, ou mesmo explosão da garrafa, existe e  deve ser levado em consideração na hora da brincadeira.

Para quem insistir, e assumir os riscos, umas dicas:

- deixe a garrafa o mais gelada possível, pois isso diminui o risco de quebra da mesma,
- desamarre a gaiola, mas a deixe na rolha. Com um pano, passe-o pela gaiola e segure sua extremidade. Quando a tampa for degolada, você não terá uma arma de vidro voando pela sua sala,
- nunca, NUNCA, aponte a garrafa na direção de outra pessoa,
- use a parte de trás da lâmina, nunca o fio,

Para finalizar, só mais um detalhe. Pode não ser tão charmoso, mas a sabragem pode perfeitamente ser feita com um facão, não sendo necessário a posse de um esnobe sabre.


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